quinta-feira, 4 de agosto de 2011

ILUSTRAÇÕES SOBRE VASOS



Ilustrações – I

Os vasos preciosos
Um príncipe poderoso possuía vinte e cinco vasos de porcelana, belíssimos, que eram o seu orgulho. Guardava-os numa sala especial, onde ficava muitas horas a admirá-los.
Um dia, sem querer, um criado quebrou um de seus vasos.  O príncipe, enfurecido e inconsolável com a perda do precioso objeto, condenou à marte o desastrado. Nessa ocasião, apresentou-se no palácio um velho sábio que se propôs a consertar o vaso de maneira a ficar perfeitamente igual aos outros, mas para isto precisava ver todos os outros juntos. Sua proposta foi aceita.
Sobre uma mesa coberta com riquíssima toalha, estavam os 19 vasos enfileirados. Aproximando-se, o sábio, como se tivesse enlouquecido, puxou com violência a toalha e os vasos tombaram no chão em pedaços.
O príncipe ficou mudo de cólera, mas antes que falasse, o sábio, tranqüilamente explicou:
- senhor, estes dezenove vasos poderiam ainda custar a vida de dezenove infelizes. Assim, dou por estes a minha, porque velho como sou, para nada mais sirvo.
Refletindo, o príncipe compreendeu que todos os vasos do mundo, por mais belos e preciosos, não valiam a vida de um ser humano. Perdoou o sábio e também ao servo desastrado. Contar-se que se tornou um dos mais justos reis de toda a historia. Assim ficam os que aprendem com a própria dor.

Ilustrações – II

O vaso rachado

Um carregador de água na Índia tinha dois grandes vasos que colocava nos extremos de um pau que ele levava acima dos ombros. Um dos vasos tinha uma rachadura, enquanto que o outro era perfeito e entregava a água
completa ao final do largo caminho a pé desde o riacho até a casa de seu patrão.
Quando chegava, o vaso rachado só continha a metade da água. Por dois anos completos isto foi assim diariamente. Desde logo o vaso perfeito estava muito orgulhoso de seus resultados, perfeito para os fins para o qual fora criado.
Porém o pobre vaso rachado estava muito envergonhado de sua própria imperfeição e se sentia miserável porque só podia conseguir a metade do que se supunha devia fazer. Depois de dois anos falou ao aguador dizendo-lhe: "Estou envergonhado de mim mesmo e quero me desculpar contigo"... por quê? Lhe perguntou o aguador.
Porque devido a minhas rachaduras, só podes entregar a metade de minha carga. Devido a minhas rachaduras, só obténs a metade do valor do que deverias. O aguador ficou muito enternecido pelo vaso e com grande compaixão lhe
disse: "quando regressarmos a casa do patrão quero que notes as belíssimas flores que crescem ao largo do caminho.
Assim o fez e com efeito viu muitíssimas flores belas ao longo de todo o caminho, porém de todo modo se sentiu muito triste porque ao final só levava a metade de sua carga. O aguador lhe disse: Te deste conta de que flores só crescem no lado do teu caminho? Sempre tenho sabido de tuas rachaduras e quis obter vantagem delas, semeei sementes de flores ao longo de todo o caminho por onde tu vais e todos os dias tu as têm regado. Por dois anos eu tenho podido recolher estas flores para decorar o altar de meu mestre. Se não fosse exatamente como és, Ele não teria tido essa beleza sobre a sua mesa.

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